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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Encontro sobre Poliamor no Rio nesse domingo!

CATRACA LIVRE:


O Parque Eduardo Guinle, em Laranjeiras, recebe no próximo domingo, dia 24, às 15h, um encontro sobre o poliamor. O evento irá reunir os adeptos da prática e também os que desejam conhecer o tema.
O evento será dividido em dois momentos, uma onde as pessoas que desejarem irão se apresentar e falar sobre suas vivências com o poliamor e um outro dedicado a socialização.  E, a roda de conversar irá passar por dois temas, “o que é o poliamor?” e o “o poliamor e feminismo hoje”.
Mais informações sobre o evento na página do Facebook.
JORNAL O GLOBO ONLINE
RIO - Quantas pessoas cabem numa relação afetiva? Para os adeptos do poliamor - relações não monogâmicas consensuais - não há limites. Praticá-lo, entretanto, não é exatamente fácil. É preciso lidar com questões como ciúme e preconceito. Para debater a melhor forma de enfrentá-las, praticantes e interessados se reunem, neste domingo, no "Encontro público sobre poliamor", no Rio de Janeiro.

- A gente enfrenta muito preconceito e, no caso das mulheres, a carga de discriminação é maior ainda - afirma Eduardo, que será mediador do evento e prefere não ter o sobrenome revelado
.

O evento começa às 15h, no Parque Eduardo Guinle, em Laranjeiras. Na programação está um debate sobre o conceito de poliamor, a partir do compartilhamento de experiências pessoais, e a roda de conversa "o poliamor e o feminismo hoje".

Ele conta que outros encontros como este já foram feitos e chegaram a reunir cerca de 70 pessoas. Desta vez, Eduardo acha que o número de participantes passará de cem. Isso porque a comunidade dedicada ao tema no Rio vem crescendo, pelo menos, no Facebook. Se até janeiro deste ano eram 194 participantes, hoje são 444.

- As pessoas já estão aceitando mais este estilo de vida. Com o encontro, o objetivo é um ajudar ao outro. Muitas vezes, as próprias pessoas sentem preconceito por achar que fazem algo errado. Mas vamos mostrar que elas não são nenhum marciano. Não há regras que obriguem ninguém a ser monogâmico.


Read more: http://oglobo.globo.com/sociedade/encontro-sobre-poliamor-debate-relacoes-nao-monogamicas-no-rio-13677221#ixzz3B2RhmhK9

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Relacionamentos polis à distância


Atualmente possuo dois relacionamentos “sérios” (detesto essa palavra...) e os dois são à distancia, pior, em lugares diferentes. Bem, eu nunca gostei dessa idéia de manter relações afetivas-sexuais nesse formato, achei que não daria certo para mim, pois, aprecio ter as pessoas com que me relaciono por perto.
Enquanto um era à distancia , mas eu morava com o outro,  eu considerava que só conseguia suportar a ausência física  (por mais de 1 ou 2 meses) do parceiro que estava longe porque podia ter o outro por perto.

Agora eu me vejo em uma situação totalmente nova e, confesso, não sabia se ia
conseguir lidar com ela. Alem dessa novidade, minha vida também está passando por transformações profundas...o que me deixou ainda mais reticente.


Primeiro pensei o que eu acho viável para que se mantenha qualquer relacionamento à distancia  - sendo ele poli ou nao . Nisso constatei o que já acontece com meu relacionamento mais antigo: manter contato por internet, Whatzzap e telefone, ter uma certa constância de momentos presenciais e aproveitá-los ao máximo, reafirmar o amor, fazer planos, ser presente mesmo estando distante. Faz sentido e tem dado certo.



Depois refleti que, alem de ter duas pessoas  que adoro e com quem vou trocar todas essas “fofurices” além de ter  certo contato presencial, eu ainda por cima sou poli! Ou seja, nao estou “condenada” a ter uma vida sexual escassa. Posso sair e ficar com pessoas, me interessar por elas, quem sabe até um novo relacionamento? RS (Não, não é o que eu quero no momento, mas as possibilidades estão sempre abertas...). Fora isso,  só o fato de não haver ciúme ou insegurança (que bom que elxs tenham outras pessoas!!), acho que um relacionamento poli à distancia possa dar muito mais certo do que um mono na mesma condição.

Bem, mas como minha experiência nesse caso ainda é muito recente, vou avaliando aos poucos...

E vocês acham que pode dar certo??

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ou se adapta ou morre?

Dentro da estrutura "funcional" dessa colônia chamada Brasil compete às autoridades auto-impostas ou inadequadamente eleitas, aos "especialistas" de todo tipo (formalmente legitimados pelo sistema), definir, regular,  controlar, "disciplinar" a vida dos indivíduos. Assim, quem não se "enquadra" no modelo de "cidadão são, "normal", "produtivo" - criados e impostos pelos "especialistas"- é julgado, inferiorizado, ridicularizado, e, não raro, punido.

Tudo o que é diferente, que não se compreende (ou que não se torna vantajoso de ser compreendido), torna-se um enigma e uma ameaça. Indivíduos que fogem aos "padrões" são tidos como adversários, opositores. O diferente é inaceitável porque é temido, porque carrega em si a possibilidade de algo novo, de reflexão e questionamento do dogma da naturalização dos valores e estruturas atuais.



Tragicamente, os "não enquadrados" acabam, ou interiorizando grande culpa por não ser quem queriam que eles fossem, ou se vêem privados da liberdade de existirem tais como são, como se construíram. A privação de liberdade é traduzidas em violência psíquica, física e em sanções variadas. 

Essa é a nossa sociedade -  gerida  pelo alicerce capitalista, moralista, opressor e hipócrita. Uma cultura que reprova o diferente, que o criminaliza (de forma implícita ou explícita), acaba tornando inviável a existência do mesmo.

A pressão é torturante, a exigência por adequação massacra a individualidade de quem ousa pensar autonomamente, de quem assume valores que fazem sentido, não com a hipocrisia do status quo, mas com  a realidade concreta, factual e aos desejos sinceros de igualdade, fraternidade e expansão.

Como diferenciar Virtude, Transgressão, "Pecado", "Vontade de Potência", Crime? Quem é apto a decidir? A julgar a sanidade? Que lei? Que justiça? Quem nessa sociedade medíocre e gananciosa saberia enxergar a distinguir o Ubermansh de um verme que deve ser esmagado? 

Não Monogâmicos, Homossexuais, Bissexuais, Transexuais, Negros, Feministas, Socialistas, Anarquistas, Trabalhadores que apenas subsistem, Artistas que nunca serão reconhecidos...Todos nós estamos na mesma gaiola, uns já perceberam, outrxs nunca perceberão...mas somos VÍTIMAS  desse mundo cruel e dessa sociedade assassina. 

Todos os dias é a dor, o desespero, a angústia, a culpa, a pressão que mata milhares de nós. 

A burguesia cospe na nossa cara e muitos de nós ainda a aplaudimos... queremos ser como eles, ter os mesmos direitos...ao invés de lutar para que NINGUÉM nunca mais seja trancafiado em uma gaioloa,
mesmo que dourada... 





Sharlenn

domingo, 3 de agosto de 2014

Amor não é "status" de relacionamento

Como já falado anteriormente aqui no blog, eu possuía um casamento poliamoroso há quase três anos.
Eu e meu parceiro vivemos um casamento muito feliz, temos muitas afinidades em comum, muitas similaridades e compatibilidade. Há e sempre houve entre nós respeito, admiração, amizade e companheirismo.

Há algumas semanas atrás percebemos que, por uma série de motivos circunstanciais, nossa convivência já não nos potencializava, estávamos nos prejudicando mais do que nos ajudando. Essa percepção foi dolorosa, sofrida. Tentamos ignorar esse fato, o que foi desastroso e, por fim, nos afastamos.






Em todo esse meio tempo, mantive meu outro relacionamento (pessoa que me ajudou muito nesse processo todo) e até comecei algo novo com outra pessoa.  Porém, ninguém no mundo poderia substituir o amor e  a dor da separação que eu estava sentindo: ninguém substitui ninguém, uma relação não toma o lugar da outra, as pessoas são especiais em nossa vida por QUEM elas são. Obviamente, o fato de eu ter recebido apoio de outros relacionamentos e amigos, minimizou o sofrimento (mais uma vantagem do Poliamor a meu ver, os amores se somam, não se excluem, a compersão quando substitui o ciúme, melhora a qualidade dos relacionamentos), mas, de forma alguma, preencheu o vazio deixado pelo término do meu casamento.

Entretanto, a saudade, o amor, a admiração, o carinho, o querer bem persistiam. Voltamos a nos falar e reafirmamos nossa grande amizade...Um dia marcamos de ir ao cinema, conversamos, choramos, conversamos mais e meu ex marido e querido amigo me pediu em namoro - o que eu prontamente aceitei!




Tenho para mim que as pessoas em geral veriam tal fato como um retrocesso em nosso relacionamento,  uma constatação da diminuição do nosso amor. Porém, para nós significou que o nosso amor está para além de qualquer denominação, de um modelo linear de vida e relacionamento. Compreendemos que nas circunstâncias atuais morarmos juntos não é a melhor opção, só isso.

Todos esses eventos me fizeram refletir muito. Mais uma vez experencio as vantagens de ter escolhido para minha vida o Poliamor como modelo de relação, de vida. Quando o sentimento, é de fato, mais importante do que os papéis sociais, do que as idealizações do amor romântico, podemos desfruta-lo de forma muito mais leve, livre, honesta. Podemos dialogar, mediar, escolher como viver em cada momento da vida, de que forma podemos potencializar o amor e estreitar os laços.

Assim reafirmo, AMOR NÃO É STATUS DE RELACIONAMENTO, STATUS DE RELACIONAMENTO NÃO É AMOR!

Sharlenn