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terça-feira, 26 de maio de 2015

Comunicado Importante sobre a Pratique Poliamor RJ



Pratique Poliamor RJ se sentindo renovado
Hoje é um dia que marca a nova fase na organização da Pratique Poliamor RJ.
Ontem à noite, uma nova equipe da Pratique Poliamor RJ foi montada para organizar as atividades do nosso movimento e regastar sua concepção original: um movimento social poliamorista apoiado no tripé "apoio, conhecimento e militância" e no combate às opressões.
Passaremos a organizar 4 atividades principais: o polinic du amô (mensal), o "café, vinho e Poliamor" (a cada 45 dias), a roda de conselhos poliamorosos (a cada 45 dias) e o poli encontro (a cada 45 dias). Ainda há uma atividade social familiar sendo elaborada e uma atividade cultural sendo cogitada. Estaremos também nos integrando a atividades de outros movimentos para construir lutas amigas.
Teremos uma nova coordenação e nosso grupo no facebook será dividido em 2: um mais aberto para incluir curiosos, pessoas que estão começando a conhecer, e um mais íntimo, com aqueles que se identificam verdadeiramente com nossa proposta.
Nossos principais meios de comunicação serão: esta página, o blog da Sharlenn Carvalho (sha-3p.blogspot.com) e um domínio ainda a ser formulado.
Toda pessoa que se identifica com esse projeto e que ajudar de alguma forma a construí-lo, pode entrar em contato conosco para integrar a equipe! Suas tarefas serão proporcionais às suas possibilidades!
Participemos todos dessa nova fase da Pratique Poliamor RJ e construam os o futuro do poliamor já! Venha com a gente!
(By Rafael Machado)




sexta-feira, 22 de maio de 2015

Tattoos de símbolos do POLIAMOR

Amigxs Polis, como já havia comentado, estou decidida a fazer uma tattoo com o símbolo oficial (ou variações estilizadas) do Poliamor. Estou vendo em dois estúdios (um em jacarepaguá e outro na ZS) a possibilidade de fazer um preço camarada dependendo da quantidade de pessoas que toparem fazer. 

Sei que tattoo é uma coisa MUITO pessoal, e, portanto, para mim, faz todo sentido ter em meu corpo "marcado" pelo Poliamor, pois além de fazer parte da minha identidade, é também minha militância, um dos objetivos da minha vida.

e qualquer forma, quem se animar, fale comigo. A ideia é fazer o símbolo MESMO do poliamor, não símbolos de grupos específicos ou algo do tipo.

Segue em baixo algumas das opções (obviamente nem todo mundo precisa escolher a mesma Emoticon wink )








domingo, 17 de maio de 2015

Quando outrx parceirx surge...

A ideia desse texto se deu por dois motivos, na verdade duas preocupações comuns tanto a monogâmicos quanto a um número considerável de poliamoristas (e eu me incluo entre eles). Bem, o surgimento de outra pessoa em nossas vidas - seja da forma que for - é sempre algo novo com o qual temos que lidar.

No caso dos monogâmicos, quando solteiros, a probabilidade do surgimento de um novo envolvimento amoroso, não costuma ser complicado, pelo contrário. Contudo, ainda assim, esse novo indivíduo mudará nossa rotina, hábitos, teremos que ceder  mais, ter menos tempo para nossas atividades particulares, etc., ou seja, mesmo que prazerosa, é uma mudança.




Entretanto... no caso dos monos comprometidos, o interesse por uma segunda pessoa costuma ser um grande tormento. Óbvio que aqui não me refiro aos machistas, aos desonestxs e egoístas que colecionam troféus, que se relacionam com objetos de prazer e/ ou exposição ao invés de sujeitos plenos e livres. Me refiro sim aos que desejaram ser felizes "para sempre" (sabendo que o "pra sempre" sempre acaba rs) com uma única pessoa.  Mas, diferente do que esses casais bem intencionados idealizam, o amor chega sem aviso, pessoas especiais aparecem, mexem com nossa cabeça, libido e coração, pessoas nos cativam. E, quando isso acontece, os monos sinceros sofrem por terem que escolher entre dois amores... Desolador deixar passar um amor que tanto poderia contribuir para nossa felicidade, desolador abrir mão da pessoa que escolhemos anteriormente e ainda amamos, com a qual temos uma história, sonhos, às vezes filhos.

Ouço frequentemente que, antigamente era mais fácil ser monogâmico, que as pessoas ficavam satisfeitas em achar o "seu amor da vida inteira"... Será? O que sei é que muitas mulheres se submetiam, muitas vezes não tinham profissão e dependiam do marido financeira, social e emocionalmente. Ok, isso pode parecer algo de séculos atrás (porém, não é!), mas vamos aos exemplos mais recentes. Ha quanto tempo as mulheres possuem autonomia financeira, há quanto tempo vão às academias, saem com as amigas para paquerar ou só curtir? Hã quanto tempo escolher não ser mãe é uma opção aceita pela sociedade? (é, de fato, aceita???)

Toda essa revolução recente na vida das mulheres lhes possibilitou sair do papel de "dona do lar" e conhecer novos indivíduos, explorar um mundo novo, conviver com pessoas com outras ideias, sorrisos, perfumes. Ora, é bem mais fácil estagnar em uma relação com uma única pessoa quando não existe NEM a possibilidade de conhecer outras...
A monogamia, por esses e outros fatores, não existe mais como o sacramento de uma vida inteira, tornou-se monogamia seriada: divórcios e separações são comuns, filhos de casamentos diferentes idem.

Será o fim da monogamia como instituição e contrato? Espero realmente que sim. Ótimo que duas pessoas queiram ficar juntinhas uma com a outra para o resto de suas vidas... Mas que isso não seja uma OBRIGAÇÃO, mesmo que moral, que o amor não necessite de contratos e cláusulas de exclusividade... Que seja livre tanto para ir, quanto para permanecer.

Dito tudo isso, meu principal objetivo é entender como o surgimento de umx outrx parceirx pode também ser algo complexo de se lidar nas relações polis. E quero analisar dois casos: 
1- quando, numa configuração poliamorosa, ( de dois três ou mais parceiros) somos nós quem nos envolvemos com um novo indivíduo;
2- quando um dx(s)  parceirx(s) que amamos é quem se vê envolvido por outrx(s).

No primeiro caso, considero por experiência própria, a adaptação é mais tranquila. Não disse fácil, apenas mais tranquila. De forma análoga a um mono solteiro, nossa vida também sofrerá modificações, teremos que adaptar a rotina, mediar com os  outrxs companheirxs, e isso significa administrar tempo,  possível ciúme, insegurança, discutir sobre prioridade, ser tolerante com medos e ressalvas de um ou de todos os envolvidos... Está claro também que dispor de bem menos tempo para atividades pessoais. Quando ox parceirxs moram longe, desejam prioridade ou não se gostam/não querem se conhecer, fica ainda mais "emocionante".


No caso em que é x sxu parceirx quem se apaixona, que constrói uma outra relação com uma terceira, quarta pessoa, sentimentos como medo de receber menos tempo e atenção, inveja se x outrx for mais bonitx, inteligente, etc., a alteração da própria rotina de vocês, a necessidade de inserir uma outra pessoa (que não foi você que escolheu) nos planos, pode ser bem desgastante...

Pensando nisso, reafirmei em mim a importância extrema de que todo tipo de arranjo poli use o DIÁLOGO franco como ferramenta essencial, que a AMIZADE seja a base do relacionamento, que a COMPERSÃO seja busca diária e, sobretudo, que RESPEITEMOS também nossas limitações, que não nos forcemos a dar um passo maior do que podemos no momento. A liberdade é importante, respeitar os desejos e amores dos nossos amores é importante, mas NÃO mais importante do que aceitarmos  (o que não é se acomodar) nossas falhas, limitações, imperfeições. Tanto as nossas como as de quem nos cerca.




No meu caso, deixar de procurar a perfeição em mim e nos outros, em nossas relações têm sido o caminho mais leve, calmo, reconfortante.

Sharlenn

sábado, 9 de maio de 2015

Felicidades e desgostos de ser poli.

Hoje, após tanto tempo sem publicar, resolvi; não, necessitei, compartilhar com vocês a experiência que tive ainda há pouco. Não sei se todos acompanham meu blog, mas sou separada e tenho uma filha de sete anos desse antigo casamento, Minha filha mora com o pai mas possuo visitação live e, óbvio... Dia das Mães, por lei ela deve ficar comigo. Acontece que, por eu ter andado debilitada fisicamente, com indicações de problemas de saúde sérios, etc, a minha tensão era constante. Quando eu ontem tive a notícia de que não era o pior, fui beber para dar vazão à angústia que me consumia e, neste ponto, preciso esclarecer algumas coisas:

1- Tenho 32 anos
2- Moro com meu noivo e não minha família
3- Quando bebi, e bebi mesmo, estava sem a minha filha, obviamente.

Acontece que minha mãe, "ultra preocupada" e super protetora, me viu nesse estado de embriaguez e, resumido um pouco a história, me proibiu de levar a minha filha da casa dela no dia seguinte para passar o Dia das Mães comigo (detalhe, eu só convencionei as visitas na casa da minha mãe para que ela e o restante da minha família tivessem maior contato com a minha filha).  


Neste contexto, ouvi MUITA polifobia daqueles que dizem me amar mais do que tudo (se isso é amor...), ouvi frases, afirmações típicas de quem reproduz o machismo e vive condicionado por opressões de todos os tipos... Foram tantos absurdos e preconceitos que tudo o que quis era calar toda a idiotice que ouvia... POLIFOBIA PRECISA SER ENTENDIDA COMO CRIME e assim que for, tenho uma lista de moralistas retrógrados (com um pezinho no nazismo) para denunciar.

O lado bom de toda essa tragédia foi o apoio incondicional dos meus três relacionamentos: me deram apoio, carinho, formas de enfrentar toda essa situação absurda. E, para quem ainda tem dúvidas, este caso mostra claramente que Poliamor não se trata de sexo casual ou relacionamento individualista liberal.






Como eu estaria agora se não pudesse contar com essas três pessoas que me amam e querem meu bem? Pessoas que me acalentam, que fazem a vida ser menos dolorosa e que nunca me deixam com a sensação que estou vagando sozinha nesse mar de indiferença que é a nossa sociedade.

Sei que amanhã farei de TUDO para estar com a minha filha, pois é NOSSO direito e vontade, Deixo registrado aqui que, caso não consigamos, será porque a lei ainda favorece os padrões defasados de família , a moral cristã (mesmo que 3/4 da população não tenha lido a Bíblia ou seja um analfabeto funcional), etc.

Somos mais fortes UNIDOS, se você também sofreu / sofre um caso de polifobia, compartilhe com a gente nos comentários.

P.S.: Parte do texto foi editada para evitar represálias dos atores deste episódio.