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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

#amoreslivres Episódio GNT



Escrevo hoje ainda inspirada pelo episódio de Amores Livres que foi ao ar nessa quarta, dia 09/009/15, do qual participei juntamente com alguns dos meus amores. Lembro de quando gravamos para o programa, acho que em outubro ou novembro do ano passado, foram alguns dias de gravação, muita afinidade com a equipe de produção, perguntas inteligentes, clima totalmente acolhedor e nada preconceituoso. Contudo, obviamente, eu tive receio do como as gravações seriam editadas, do passado não coincidir mais com o presente (e realmente não coincide) entre outras neuras. Porem, ao assistir o programa fiquei tão satisfeita! Sensação de dever cumprido, de "recado dado". Sim, me senti contemplada ao enxergar naquela Sharlenn, essa aqui, pessoa que ama, que sofre, que vive, que erra, acerta, mas que "dá a cara a tapa" quando se trata de defender seus ideais. 





Não sei o que as pessoas de fora da minha "bolha n mono" pensam a respeito, mas não é nenhum pouco fácil expor a vida dessa maneira, não é tranquilo defender publicamente algo ainda tão cheio de tabus e preconceitos no seio de uma sociedade hipócrita, patriarcal, machista e alienada como a nossa. Mas, eu realmente acho necessário que isso seja feito, não posso cobrar de ninguém que o faça e é por isso que eu mesma escolhi assumir esse papel. Não porque gosto de criar polêmica, porque quero "aparecer", porque sou uma "rebelde sem causa", mas porque idealizo uma sociedade em que o Amor possa realmente ser livre, idealizo uma sociedade em que nenhum modo de amar seja condenado, porque amor não é crime! Amar não é errado, amar mais de um, tampouco. Não entendendo como podem ver sentido em limitar e restringir algo tão belo e bom...Não entendo porque discriminar quem se permite, quem fica feliz com a felicidade de quem ama e é amado por um, por poucos, por muitos...




De qualquer forma, encaro o olhar do Outro mais uma vez, me exponho aqui e lá e aonde precisar para contribuir com uma visão mais clara e desmistificadora do Poliamor, para mostrar ao mundo que nós existimos e, independente da vontade alheia, somos felizes com nossa escolha, somos felizes sendo quem somos, sem hipocrisia, sem mentiras, sem culpa. 



Atualmente mantenho algumas relações estáveis e duráveis: um namoro de mais de quatro anos, outro de mais de dois, um noivado de quase um ano e a retomada de um outro amor que já se estende por anos também. E aproveito para esclarecer que não, não fico buscando colecionar relacionamentos - como já ouvi de alguns -, não, não me apaixono facilmente, não sou carente, não sou insegura. Eu simplesmente vivo desarmada, quando aparece alguém especial eu ME permito, não me escondo dos meus desejos e sentimentos, é só isso. 


Enfim, realmente acho que várias pessoas viveriam de forma muito mais satisfatória se também se permitissem mais, se se despissem dos pré-conceitos do senso comum, se olhassem com mais carinho para sua própria subjetividade e que lutassem para validar diferentes formas de amor.