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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Conselhos Poliamorosos


Em virtude da grande demanda por conselhos poliamorosos que surgiu, principalmente, depois da exibição do programa Amores Livres do qual eu e meus amores participamos, decidi "oficializar" essa minha atividade de conselheira. Entendo que isso seja importante por alguns motivos, os principais são: 1- Pessoas que gostariam de conversar, entender melhor sobre o tema, colocar suas dúvidas e buscar conselho e não sabem a quem ou onde encontrar quem os ajude; 2 -  Divulgação e desmistificação do Poliamor; 3 - Troca de experiências poliamorosas.

Nesse sentido, me proponho a responder e buscar ajudar a todas as pessoas que me procurarem pelo Blog. A ideia é que a pessoa (de forma anônima ou não) post sua dúvida ou pergunta e que eu responda de forma pública por aqui também a fim de ajudar outras pessoas que acessam o blog e que possam estar com problema parecido.

Caso isso não seja possível, fiquem à vontade também para me procurar no facebook e perguntar inbox (Sharlenn Carvalho), a partir da conversa, vou destacar a pergunta ou o problema principal e PEDIR à pessoa em questão se posso postar essa parte da conversa no blog juntamente com a minha resposta.

Espero que com essas resoluções o blog se torne mais dinâmico e útil para todos os Poliamoristas e simpatizantes. Uma boa também é seguir o blog para se manter atualizado! ;)
Conto com vocês para poder fazer ainda mais pelo movimento Poli! ^^
Perguntas, sugestões, dúvidas?


sexta-feira, 11 de setembro de 2015

#amoreslivres Episódio GNT



Escrevo hoje ainda inspirada pelo episódio de Amores Livres que foi ao ar nessa quarta, dia 09/009/15, do qual participei juntamente com alguns dos meus amores. Lembro de quando gravamos para o programa, acho que em outubro ou novembro do ano passado, foram alguns dias de gravação, muita afinidade com a equipe de produção, perguntas inteligentes, clima totalmente acolhedor e nada preconceituoso. Contudo, obviamente, eu tive receio do como as gravações seriam editadas, do passado não coincidir mais com o presente (e realmente não coincide) entre outras neuras. Porem, ao assistir o programa fiquei tão satisfeita! Sensação de dever cumprido, de "recado dado". Sim, me senti contemplada ao enxergar naquela Sharlenn, essa aqui, pessoa que ama, que sofre, que vive, que erra, acerta, mas que "dá a cara a tapa" quando se trata de defender seus ideais. 





Não sei o que as pessoas de fora da minha "bolha n mono" pensam a respeito, mas não é nenhum pouco fácil expor a vida dessa maneira, não é tranquilo defender publicamente algo ainda tão cheio de tabus e preconceitos no seio de uma sociedade hipócrita, patriarcal, machista e alienada como a nossa. Mas, eu realmente acho necessário que isso seja feito, não posso cobrar de ninguém que o faça e é por isso que eu mesma escolhi assumir esse papel. Não porque gosto de criar polêmica, porque quero "aparecer", porque sou uma "rebelde sem causa", mas porque idealizo uma sociedade em que o Amor possa realmente ser livre, idealizo uma sociedade em que nenhum modo de amar seja condenado, porque amor não é crime! Amar não é errado, amar mais de um, tampouco. Não entendendo como podem ver sentido em limitar e restringir algo tão belo e bom...Não entendo porque discriminar quem se permite, quem fica feliz com a felicidade de quem ama e é amado por um, por poucos, por muitos...




De qualquer forma, encaro o olhar do Outro mais uma vez, me exponho aqui e lá e aonde precisar para contribuir com uma visão mais clara e desmistificadora do Poliamor, para mostrar ao mundo que nós existimos e, independente da vontade alheia, somos felizes com nossa escolha, somos felizes sendo quem somos, sem hipocrisia, sem mentiras, sem culpa. 



Atualmente mantenho algumas relações estáveis e duráveis: um namoro de mais de quatro anos, outro de mais de dois, um noivado de quase um ano e a retomada de um outro amor que já se estende por anos também. E aproveito para esclarecer que não, não fico buscando colecionar relacionamentos - como já ouvi de alguns -, não, não me apaixono facilmente, não sou carente, não sou insegura. Eu simplesmente vivo desarmada, quando aparece alguém especial eu ME permito, não me escondo dos meus desejos e sentimentos, é só isso. 


Enfim, realmente acho que várias pessoas viveriam de forma muito mais satisfatória se também se permitissem mais, se se despissem dos pré-conceitos do senso comum, se olhassem com mais carinho para sua própria subjetividade e que lutassem para validar diferentes formas de amor.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Polinic Du Amô!

Mais um evento Poli no Rio que vale muito a pena ir. Sábado agora, as 14 horas, teremos a terceira edição do Polinic Du Amô! O evento é aberto e voltado para todo público não monogâmico e simpatizantes. Quem quiser conhecer mais sobre o mundo poli e interagir com pessoas que querem viver ou vivem um relacionamento não mono, é só levar comes e bebes e aparecer! :D


sábado, 13 de junho de 2015

Dia dos Namorados - Matéria

Sabe aquele ditado "um com tantos e outros com nenhum", não serve para essa história que vamos contar no Especial Namorados. O Vivo Mais Saudável conversou com Sharlenn, adepta do relacionamento poliamorístico, a jovem tem dois namorados e um noivo. Vale a pena conferir!
Sharlenn e o noivo Will (foto: reprodução/Facebook)
Sharlenn já não faz mais parte de um relacionamento monogâmico há quatro anos. Depois de umcasamento de nove anos, a jovem é hoje uma poliamorista assumida e atualmente mantém uma relação fiel com dois namorados e um noivo. "Meu namoro mais antigo tem quatro anos. Nos conhecemos porque ele já organizava encontros de poliamor no Rio e eu estava curiosa sobre o assunto. O segundo relacionamento começou há dois anos e nos conhecemos através de uma amiga em comum. Já o meu noivo conheci através do meu namorado mais antigo", conta a professora de filosofia.

Para Sharlenn não existem barreiras para levar seus sentimentos adiante. Com os preparativos paracasar daqui a seis meses com Will, a jovem será levada ao altar por Rafael, o namorado mais velho. Para ela, a escolha de Will para ser seu futuro marido é apenas uma questão de afinidade. "Não o amo mais do que os outros, apenas o convívio se estruturou de uma forma diferente. Nós temos muitas coisas em comum.", define.


Preparado para casar com Sharlenn, Will Vaz também é adepto de outros romances, mas atualmente está apenas envolvido com Sharlenn. Sobre a convivência com outros parceiros, ele descarta qualquer possibilidade de ciúmesou brigas. "Eu lido bem com isso. Um deles me apresentou a ela, o outro eu conheço pouco, mas parece gente fina. Ela gosta deles e eles dela. É isso que importa".


Poliamor: Múltiplas formas de amar.
Sharlenn e um dos namorados, o Rafael (foto: Reprodução/Facebook) 

“A sociedade é hipócrita”, diz Sharlenn


Fora dos padrões da sociedade brasileira, Sharlenn não se restringe quando fala de amor. Para ela, a união poliamorística pode ser mais saudável do que um monogâmico. "Os sentimentos extrapolam a instituição monogâmica que foi criada e é divulgada como única forma de amor. A sociedade é hipócrita, ela aceita melhor a traição do que o amor múltiplo, igualitário e consensual".


Com um assunto delicado, Sharlenn toma todos os cuidados para não expor a filha de sete anos, que, segundo ela, tem uma relação bem tranquila com os seus namorados. "Ela é criança, não temos conversas teóricas sobre poliamor ou política. Para ela é natural porque sou assim desde que ela estava com três anos. Ela os chama pelos nomes e nunca foi exposta a nada que seja inapropriado". Ela diz também que não conta com o apoio da família: "Meus pais não veem muito bem, apenas meu irmão apoia e se identifica."


Diante de uma relação estável, Sharlenn descarta briga entre os namorados. "É óbvio que existem momentos de desentendimentos, mas todos passam por isso."


E o dia dos namorados? Com quem vai passar? "Vou passar o dia com dois deles. Vamos almoçar ou jantar juntos. No meu aniversário ocorreu dessa maneira."


E você? Vive ou conhece uma relação de poliamor? Compartilhe com a gente a sua história. E conheça outros casos no Especial Namorados.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Comunicado Importante sobre a Pratique Poliamor RJ



Pratique Poliamor RJ se sentindo renovado
Hoje é um dia que marca a nova fase na organização da Pratique Poliamor RJ.
Ontem à noite, uma nova equipe da Pratique Poliamor RJ foi montada para organizar as atividades do nosso movimento e regastar sua concepção original: um movimento social poliamorista apoiado no tripé "apoio, conhecimento e militância" e no combate às opressões.
Passaremos a organizar 4 atividades principais: o polinic du amô (mensal), o "café, vinho e Poliamor" (a cada 45 dias), a roda de conselhos poliamorosos (a cada 45 dias) e o poli encontro (a cada 45 dias). Ainda há uma atividade social familiar sendo elaborada e uma atividade cultural sendo cogitada. Estaremos também nos integrando a atividades de outros movimentos para construir lutas amigas.
Teremos uma nova coordenação e nosso grupo no facebook será dividido em 2: um mais aberto para incluir curiosos, pessoas que estão começando a conhecer, e um mais íntimo, com aqueles que se identificam verdadeiramente com nossa proposta.
Nossos principais meios de comunicação serão: esta página, o blog da Sharlenn Carvalho (sha-3p.blogspot.com) e um domínio ainda a ser formulado.
Toda pessoa que se identifica com esse projeto e que ajudar de alguma forma a construí-lo, pode entrar em contato conosco para integrar a equipe! Suas tarefas serão proporcionais às suas possibilidades!
Participemos todos dessa nova fase da Pratique Poliamor RJ e construam os o futuro do poliamor já! Venha com a gente!
(By Rafael Machado)




sexta-feira, 22 de maio de 2015

Tattoos de símbolos do POLIAMOR

Amigxs Polis, como já havia comentado, estou decidida a fazer uma tattoo com o símbolo oficial (ou variações estilizadas) do Poliamor. Estou vendo em dois estúdios (um em jacarepaguá e outro na ZS) a possibilidade de fazer um preço camarada dependendo da quantidade de pessoas que toparem fazer. 

Sei que tattoo é uma coisa MUITO pessoal, e, portanto, para mim, faz todo sentido ter em meu corpo "marcado" pelo Poliamor, pois além de fazer parte da minha identidade, é também minha militância, um dos objetivos da minha vida.

e qualquer forma, quem se animar, fale comigo. A ideia é fazer o símbolo MESMO do poliamor, não símbolos de grupos específicos ou algo do tipo.

Segue em baixo algumas das opções (obviamente nem todo mundo precisa escolher a mesma Emoticon wink )








domingo, 17 de maio de 2015

Quando outrx parceirx surge...

A ideia desse texto se deu por dois motivos, na verdade duas preocupações comuns tanto a monogâmicos quanto a um número considerável de poliamoristas (e eu me incluo entre eles). Bem, o surgimento de outra pessoa em nossas vidas - seja da forma que for - é sempre algo novo com o qual temos que lidar.

No caso dos monogâmicos, quando solteiros, a probabilidade do surgimento de um novo envolvimento amoroso, não costuma ser complicado, pelo contrário. Contudo, ainda assim, esse novo indivíduo mudará nossa rotina, hábitos, teremos que ceder  mais, ter menos tempo para nossas atividades particulares, etc., ou seja, mesmo que prazerosa, é uma mudança.




Entretanto... no caso dos monos comprometidos, o interesse por uma segunda pessoa costuma ser um grande tormento. Óbvio que aqui não me refiro aos machistas, aos desonestxs e egoístas que colecionam troféus, que se relacionam com objetos de prazer e/ ou exposição ao invés de sujeitos plenos e livres. Me refiro sim aos que desejaram ser felizes "para sempre" (sabendo que o "pra sempre" sempre acaba rs) com uma única pessoa.  Mas, diferente do que esses casais bem intencionados idealizam, o amor chega sem aviso, pessoas especiais aparecem, mexem com nossa cabeça, libido e coração, pessoas nos cativam. E, quando isso acontece, os monos sinceros sofrem por terem que escolher entre dois amores... Desolador deixar passar um amor que tanto poderia contribuir para nossa felicidade, desolador abrir mão da pessoa que escolhemos anteriormente e ainda amamos, com a qual temos uma história, sonhos, às vezes filhos.

Ouço frequentemente que, antigamente era mais fácil ser monogâmico, que as pessoas ficavam satisfeitas em achar o "seu amor da vida inteira"... Será? O que sei é que muitas mulheres se submetiam, muitas vezes não tinham profissão e dependiam do marido financeira, social e emocionalmente. Ok, isso pode parecer algo de séculos atrás (porém, não é!), mas vamos aos exemplos mais recentes. Ha quanto tempo as mulheres possuem autonomia financeira, há quanto tempo vão às academias, saem com as amigas para paquerar ou só curtir? Hã quanto tempo escolher não ser mãe é uma opção aceita pela sociedade? (é, de fato, aceita???)

Toda essa revolução recente na vida das mulheres lhes possibilitou sair do papel de "dona do lar" e conhecer novos indivíduos, explorar um mundo novo, conviver com pessoas com outras ideias, sorrisos, perfumes. Ora, é bem mais fácil estagnar em uma relação com uma única pessoa quando não existe NEM a possibilidade de conhecer outras...
A monogamia, por esses e outros fatores, não existe mais como o sacramento de uma vida inteira, tornou-se monogamia seriada: divórcios e separações são comuns, filhos de casamentos diferentes idem.

Será o fim da monogamia como instituição e contrato? Espero realmente que sim. Ótimo que duas pessoas queiram ficar juntinhas uma com a outra para o resto de suas vidas... Mas que isso não seja uma OBRIGAÇÃO, mesmo que moral, que o amor não necessite de contratos e cláusulas de exclusividade... Que seja livre tanto para ir, quanto para permanecer.

Dito tudo isso, meu principal objetivo é entender como o surgimento de umx outrx parceirx pode também ser algo complexo de se lidar nas relações polis. E quero analisar dois casos: 
1- quando, numa configuração poliamorosa, ( de dois três ou mais parceiros) somos nós quem nos envolvemos com um novo indivíduo;
2- quando um dx(s)  parceirx(s) que amamos é quem se vê envolvido por outrx(s).

No primeiro caso, considero por experiência própria, a adaptação é mais tranquila. Não disse fácil, apenas mais tranquila. De forma análoga a um mono solteiro, nossa vida também sofrerá modificações, teremos que adaptar a rotina, mediar com os  outrxs companheirxs, e isso significa administrar tempo,  possível ciúme, insegurança, discutir sobre prioridade, ser tolerante com medos e ressalvas de um ou de todos os envolvidos... Está claro também que dispor de bem menos tempo para atividades pessoais. Quando ox parceirxs moram longe, desejam prioridade ou não se gostam/não querem se conhecer, fica ainda mais "emocionante".


No caso em que é x sxu parceirx quem se apaixona, que constrói uma outra relação com uma terceira, quarta pessoa, sentimentos como medo de receber menos tempo e atenção, inveja se x outrx for mais bonitx, inteligente, etc., a alteração da própria rotina de vocês, a necessidade de inserir uma outra pessoa (que não foi você que escolheu) nos planos, pode ser bem desgastante...

Pensando nisso, reafirmei em mim a importância extrema de que todo tipo de arranjo poli use o DIÁLOGO franco como ferramenta essencial, que a AMIZADE seja a base do relacionamento, que a COMPERSÃO seja busca diária e, sobretudo, que RESPEITEMOS também nossas limitações, que não nos forcemos a dar um passo maior do que podemos no momento. A liberdade é importante, respeitar os desejos e amores dos nossos amores é importante, mas NÃO mais importante do que aceitarmos  (o que não é se acomodar) nossas falhas, limitações, imperfeições. Tanto as nossas como as de quem nos cerca.




No meu caso, deixar de procurar a perfeição em mim e nos outros, em nossas relações têm sido o caminho mais leve, calmo, reconfortante.

Sharlenn

sábado, 9 de maio de 2015

Felicidades e desgostos de ser poli.

Hoje, após tanto tempo sem publicar, resolvi; não, necessitei, compartilhar com vocês a experiência que tive ainda há pouco. Não sei se todos acompanham meu blog, mas sou separada e tenho uma filha de sete anos desse antigo casamento, Minha filha mora com o pai mas possuo visitação live e, óbvio... Dia das Mães, por lei ela deve ficar comigo. Acontece que, por eu ter andado debilitada fisicamente, com indicações de problemas de saúde sérios, etc, a minha tensão era constante. Quando eu ontem tive a notícia de que não era o pior, fui beber para dar vazão à angústia que me consumia e, neste ponto, preciso esclarecer algumas coisas:

1- Tenho 32 anos
2- Moro com meu noivo e não minha família
3- Quando bebi, e bebi mesmo, estava sem a minha filha, obviamente.

Acontece que minha mãe, "ultra preocupada" e super protetora, me viu nesse estado de embriaguez e, resumido um pouco a história, me proibiu de levar a minha filha da casa dela no dia seguinte para passar o Dia das Mães comigo (detalhe, eu só convencionei as visitas na casa da minha mãe para que ela e o restante da minha família tivessem maior contato com a minha filha).  


Neste contexto, ouvi MUITA polifobia daqueles que dizem me amar mais do que tudo (se isso é amor...), ouvi frases, afirmações típicas de quem reproduz o machismo e vive condicionado por opressões de todos os tipos... Foram tantos absurdos e preconceitos que tudo o que quis era calar toda a idiotice que ouvia... POLIFOBIA PRECISA SER ENTENDIDA COMO CRIME e assim que for, tenho uma lista de moralistas retrógrados (com um pezinho no nazismo) para denunciar.

O lado bom de toda essa tragédia foi o apoio incondicional dos meus três relacionamentos: me deram apoio, carinho, formas de enfrentar toda essa situação absurda. E, para quem ainda tem dúvidas, este caso mostra claramente que Poliamor não se trata de sexo casual ou relacionamento individualista liberal.






Como eu estaria agora se não pudesse contar com essas três pessoas que me amam e querem meu bem? Pessoas que me acalentam, que fazem a vida ser menos dolorosa e que nunca me deixam com a sensação que estou vagando sozinha nesse mar de indiferença que é a nossa sociedade.

Sei que amanhã farei de TUDO para estar com a minha filha, pois é NOSSO direito e vontade, Deixo registrado aqui que, caso não consigamos, será porque a lei ainda favorece os padrões defasados de família , a moral cristã (mesmo que 3/4 da população não tenha lido a Bíblia ou seja um analfabeto funcional), etc.

Somos mais fortes UNIDOS, se você também sofreu / sofre um caso de polifobia, compartilhe com a gente nos comentários.

P.S.: Parte do texto foi editada para evitar represálias dos atores deste episódio.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Fiquei noiva!!

Só para compartilhar minha felicidade com vocês ... e sei, é um tanto quanto brega :P rs, mas estou muito entusiasmada com os rumos da minha vida e das minhas relações afetivas-sexuais.

Will te amo!!


http://gifgifs.com/optimizer/
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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Casamento Poliamoroso

Esse é o primeiro post do blog em 2015. Motivo de tanta demora para postar? Muitas mudanças na vida! Em termos de relacionamento uma grande novidade: Vou me casar! Casar?! Soa muito estranho até pra mim, porém, será um casamento obviamente não tradicional. E não, isso não significa que deixarei de ser poliamorista, pelo contrário, nossos relacionamentos (meus e do parceiro em questão) estarão presentes na cerimônia que estamos elaborando, tendo, inclusive, papel fundamental em todo ritual.  

E mais, não é por estarmos casando a “dois” que amamos menos nossos outros relacionamentos. Casar, no sentido prático, é uma escolha de como viver o dia a dia, é a escolha por conviver diariamente com outra (s) pessoa(s) e não um nivelamento dos amores


Porém, devo confessar que a palavra casamento me angustia devido ao conceito monogâmico adotado pelo senso comum. Mais uma vez sinto falta de termos não monos para designar o que vivemos, por isso quero explicar o que entendo por casamento e família: o casamento aqui representa simplesmente nosso compromisso, confiança e amor tornando-se público. É querer compartilhar nossa felicidade com todxs! Não significa exclusividade afetiva e/ou sexual, aponta apenas o nível de comprometimento que temos e queremos manter, o nível de organicidade da relação. Gostamos de viver juntos, somos melhores pessoas convivendo do que afastados, temos planos de vida em comum.

Já a questão questão do que é ser família é simples: pessoas que querem fazer parte da vida uma das outras por questão de afinidade. Independente de laço biológico, família é amor; são as pessoas que fazemos questão de ter por perto (mesmo que não no espaço), que confiamos, nos importamos, que amamos mesmo. E já temos nossa família! Nossos amores e amigos e, posteriormente, nosso gato. Minha filha faz parte da nossa família, o “abor” do meu companheiro faz parte da nossa família, etc, etc.

Entretanto, ouvi muitas críticas por parte de não monos, recriminando minha escolha, apontando o dedo na minha cara e dizendo que estou pouco a pouco abandonando o Poliamor. Isso é tão absurdo como querer qualificar um indivíduo solteiro que se entende mono de poliamorista apenas pelo fato dele estar solteiro.

Aliás, hoje pretendo casar com um dos meus relacionamentos, mas nada impede que no futuro eu queira casar com mais outro ou que meu companheiro case com outras, tenha filho com outras mulheres, etc. O único impedimento para isso atualmente é legal. A bigamia é crime! Está na hora da sociedade rever toda essa questão jurídica porque NÓS existimos – queiram ou não.

De qualquer forma, casando ou não, tendo mais filhos ou não, o poliamor faz parte de quem sou. Sou tão poli como sou rockeira e atéia por exemplo. E como alguns devem saber, o poliamor para mim é bem mais do que uma escolha de vida, é uma questão política. Defendo uma sociedade em que ser não mono seja tão comum e aceito como gostar ou não de ir ao cinema, de gostar ou não de comer batata frita rs. Parece ridículo, mas essa “ naturalização social” (que expressão estranha :P) do Poliamor é fundamental para o fim da polifobia e para a conquista de direitos civis.

Por fim, como o casamento será em um espaço público (que ainda estamos decidindo), compareçam!!!  Mais informações sobre nossa celebração serão postadas no blog!

Nossa  participação na rádio manchete:
 https://www.facebook.com/ConfrontoManchete/photos/a.621500084569641.1073741826.499670926752558/873285306057783/?type=1&permPage=1


Sharlenn