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domingo, 3 de agosto de 2014

Amor não é "status" de relacionamento

Como já falado anteriormente aqui no blog, eu possuía um casamento poliamoroso há quase três anos.
Eu e meu parceiro vivemos um casamento muito feliz, temos muitas afinidades em comum, muitas similaridades e compatibilidade. Há e sempre houve entre nós respeito, admiração, amizade e companheirismo.

Há algumas semanas atrás percebemos que, por uma série de motivos circunstanciais, nossa convivência já não nos potencializava, estávamos nos prejudicando mais do que nos ajudando. Essa percepção foi dolorosa, sofrida. Tentamos ignorar esse fato, o que foi desastroso e, por fim, nos afastamos.






Em todo esse meio tempo, mantive meu outro relacionamento (pessoa que me ajudou muito nesse processo todo) e até comecei algo novo com outra pessoa.  Porém, ninguém no mundo poderia substituir o amor e  a dor da separação que eu estava sentindo: ninguém substitui ninguém, uma relação não toma o lugar da outra, as pessoas são especiais em nossa vida por QUEM elas são. Obviamente, o fato de eu ter recebido apoio de outros relacionamentos e amigos, minimizou o sofrimento (mais uma vantagem do Poliamor a meu ver, os amores se somam, não se excluem, a compersão quando substitui o ciúme, melhora a qualidade dos relacionamentos), mas, de forma alguma, preencheu o vazio deixado pelo término do meu casamento.

Entretanto, a saudade, o amor, a admiração, o carinho, o querer bem persistiam. Voltamos a nos falar e reafirmamos nossa grande amizade...Um dia marcamos de ir ao cinema, conversamos, choramos, conversamos mais e meu ex marido e querido amigo me pediu em namoro - o que eu prontamente aceitei!




Tenho para mim que as pessoas em geral veriam tal fato como um retrocesso em nosso relacionamento,  uma constatação da diminuição do nosso amor. Porém, para nós significou que o nosso amor está para além de qualquer denominação, de um modelo linear de vida e relacionamento. Compreendemos que nas circunstâncias atuais morarmos juntos não é a melhor opção, só isso.

Todos esses eventos me fizeram refletir muito. Mais uma vez experencio as vantagens de ter escolhido para minha vida o Poliamor como modelo de relação, de vida. Quando o sentimento, é de fato, mais importante do que os papéis sociais, do que as idealizações do amor romântico, podemos desfruta-lo de forma muito mais leve, livre, honesta. Podemos dialogar, mediar, escolher como viver em cada momento da vida, de que forma podemos potencializar o amor e estreitar os laços.

Assim reafirmo, AMOR NÃO É STATUS DE RELACIONAMENTO, STATUS DE RELACIONAMENTO NÃO É AMOR!

Sharlenn



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