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sábado, 9 de maio de 2015

Felicidades e desgostos de ser poli.

Hoje, após tanto tempo sem publicar, resolvi; não, necessitei, compartilhar com vocês a experiência que tive ainda há pouco. Não sei se todos acompanham meu blog, mas sou separada e tenho uma filha de sete anos desse antigo casamento, Minha filha mora com o pai mas possuo visitação live e, óbvio... Dia das Mães, por lei ela deve ficar comigo. Acontece que, por eu ter andado debilitada fisicamente, com indicações de problemas de saúde sérios, etc, a minha tensão era constante. Quando eu ontem tive a notícia de que não era o pior, fui beber para dar vazão à angústia que me consumia e, neste ponto, preciso esclarecer algumas coisas:

1- Tenho 32 anos
2- Moro com meu noivo e não minha família
3- Quando bebi, e bebi mesmo, estava sem a minha filha, obviamente.

Acontece que minha mãe, "ultra preocupada" e super protetora, me viu nesse estado de embriaguez e, resumido um pouco a história, me proibiu de levar a minha filha da casa dela no dia seguinte para passar o Dia das Mães comigo (detalhe, eu só convencionei as visitas na casa da minha mãe para que ela e o restante da minha família tivessem maior contato com a minha filha).  


Neste contexto, ouvi MUITA polifobia daqueles que dizem me amar mais do que tudo (se isso é amor...), ouvi frases, afirmações típicas de quem reproduz o machismo e vive condicionado por opressões de todos os tipos... Foram tantos absurdos e preconceitos que tudo o que quis era calar toda a idiotice que ouvia... POLIFOBIA PRECISA SER ENTENDIDA COMO CRIME e assim que for, tenho uma lista de moralistas retrógrados (com um pezinho no nazismo) para denunciar.

O lado bom de toda essa tragédia foi o apoio incondicional dos meus três relacionamentos: me deram apoio, carinho, formas de enfrentar toda essa situação absurda. E, para quem ainda tem dúvidas, este caso mostra claramente que Poliamor não se trata de sexo casual ou relacionamento individualista liberal.






Como eu estaria agora se não pudesse contar com essas três pessoas que me amam e querem meu bem? Pessoas que me acalentam, que fazem a vida ser menos dolorosa e que nunca me deixam com a sensação que estou vagando sozinha nesse mar de indiferença que é a nossa sociedade.

Sei que amanhã farei de TUDO para estar com a minha filha, pois é NOSSO direito e vontade, Deixo registrado aqui que, caso não consigamos, será porque a lei ainda favorece os padrões defasados de família , a moral cristã (mesmo que 3/4 da população não tenha lido a Bíblia ou seja um analfabeto funcional), etc.

Somos mais fortes UNIDOS, se você também sofreu / sofre um caso de polifobia, compartilhe com a gente nos comentários.

P.S.: Parte do texto foi editada para evitar represálias dos atores deste episódio.



2 comentários:

  1. Parabéns pelo amor de vocês, têm minha admiração!
    Obrigado pelo conteúdo desse post, achei significativo!
    Abraços!

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  2. Obrigada a você pelo carinho Leandro. Abraços!

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