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sábado, 8 de março de 2014

TRANSVALORAÇÃO DAS RELAÇÕES AFETIVAS




Existe um tipo de ligação afetiva entre as pessoas – que pode envolver atração sexual ou não – que é o meu ideal para o mundo. Relações em que os conceitos de hipocrisia, falsidade, opressão, posse, “individualismo negativo” deixarão de existir; e a comunhão, solidariedade, confiança, carinho e cuidado serão o modus operandi nas relações.

Mas esse tipo de afeto só pode se desenvolver (em larga escala) em uma sociedade aonde a mentira não seja mais o “cimento social”, em que o ciúme deixe de ser entendido como “demonstração de amor”, em que “pão e circo” não sirvam mais como meios de controle e adestração social... só assim, a sinceridade, a honestidade poderão ser compreendidas como “saudáveis” e privilegiadas na comunicação: uma sociedade sem “máscaras”, sem medo da “não aceitação”, sem qualquer necessidade de competição entre os indivíduos, mas sim, que estimule o sentimento de “pertencimento” ao grupo, de fraternidade entre todos...


Como esse mundo ainda não existe – mas luto para que um dia possa existir – infelizmente não confio e não posso confiar na maioria das pessoas, não posso ser a pessoa que gostaria de ser (e que me faz mal reprimir) com todos aquelxs com que me relaciono em algum nível. Ainda que hoje eu seja muito mais “eu” do que fui no passado, é com tristeza que percebo, cada vez mais, que o mundo não está preparado para a pessoa que eu “sou” e, por isso, me torno mais reclusa e desconfiada. 

Espero que isso mude: que o capitalismo seja varrido da face da Terra, que o poder do opressor se volte contra ele; que a moral seja transvalorada; que as religiões – se ainda existirem – sejam expressões pessoais, de significado individual e positivo para o “crente” (aquele que crê) e não mais um dedo apontado proferindo “você vai para o inferno”; que o AMOR (que precisará ser reinventado) seja libertador, agregador e potencializador... que contribua para a felicidade e expansão dos indivíduos...e não o contrario...como vemos hoje.

Ah, que o amor volte a ser Philos! Ou alguma outra coisa parecida...

Sharlenn


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